Congressistas avaliam o III Congresso Catarinense de Psicologia

Congressistas avaliam o III Congresso Catarinense de Psicologia

Temáticas debatidas do evento foram de extrema relevância, segundo participantes

Após quatro dias de provocações e debates com profissionais e estudantes de Psicologia, o III Congresso Catarinense de Psicologia Ciência e Profissão, em Florianópolis, encerrou suas atividades no dia 2 de setembro, após importantes profissionais da área realizarem conferências e apresentações nas diversas temáticas abordadas em rodas de conversas e mesas-redondas.

“O congresso foi impecável, não houve nenhum imprevisto ou algo que possa ter prejudicado os debates ou apresentações de trabalhos. Deu para perceber o brilho das pessoas que estavam apresentando seus trabalhos”, disse o coordenador da Associação Brasileira de Ensino em Psicologia (Abep) em Santa Catarina, Claudemir Gonçalves. Segundo ele, a formação em Psicologia não termina com a graduação. “É necessário se atualizar constantemente, por isso, é importante participar de congressos como o Ciência e profissão, que conta com temáticas diversas em um único evento”, destacou.

Para a estudante de Psicologia de Blumenau, Beatriz Gonçalves Zimmermann, o Congresso foi elucidativo, mas alguns temas precisariam ser mais debatidos. “Gostei do Congresso e das temáticas, mas senti que faltou tempo para debatermos alguns assuntos que não discutimos na faculdade. Acho importante nas próximas edições deixar um intervalo entre as rodas para podermos tirar todas nossas dúvidas”, sugeriu.

O psicólogo André Preuss, que atua no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Chapecó, achou interessantes os assuntos das mesas porque estão relacionadas as práticas do cotidiano. “O Conselho tem essa preocupação de problematizar o fazer da(o) psicóloga(o) no contexto de trabalho, trazendo informações que empoderam a(o) profissional”. Ele ressaltou, ainda, a importância da caravana disponibilizada pelo CRP-SC.  “São esses novos possíveis que precisamos fortalecer e encontrar na dinâmica da sociedade, para que juntas(os), possamos chegar mais longe como categoria”.

O estudante de Psicologia da Escola Superior de Criciúma (Esucri), de Criciúma, Vitor Apolinário Malgarezi, que veio para apresentar um trabalho, reforçou que o evento superou as expectativas. “Tem sido gratificante e informativo conhecer as práticas que estão sendo realizadas no estado. Sair do nosso contexto e conhecer práticas muito bonitas e estimulantes é algo engrandecedor”. Vitor ainda acrescenta: “Atividades como estas articulam conhecimentos e possibilidades. A troca de contatos possibilita a aplicação de planos nos nossos contextos também. Todas(os) as(os) estudantes deveriam passar por eventos como este, é um semestre inteiro em quatro dias de debates. Ao sair daqui, terei novos artigos para estudar”, registrou.  

A doutora em Psicologia e professora universitária, Ana Lopes, que já presidiu o CRP-12, explicou que o objetivo do III Congresso é desmistificar a Psicologia como ciência e profissão. “O evento está emblemático, pois iniciou com uma fala pensando a problemática do racismo e da exclusão, e todas outras questões de subjetividades que existem neste país. Algo que é amplo para a profissão, e depois, seguiu para as temáticas específicas, que definem os fazeres da profissão. O todo é maior do que as partes, e o Congresso tenta ver o todo e sua relação com as políticas públicas, que é um grande lugar de fazer importante das(os) psicólogas(os)”.

A comissão organizadora do evento está realizando a etapa de avaliações, se você quiser participar, basta preencher o formulário neste link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfmA-uhDhZGRIDqOxpoqq4RJ-YDekZ10Eftbu1OfWzumIr9CA/viewform